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quarta-feira, 20 de março de 2013

arrais

                   
As arraias constituem a ordem dos Batóideos, são peixes cartilaginosos parentes do tubarão. Possuem características representadas por corpo achatado, nadadeiras peitorais expandidas, cauda alongada e fendas branquiais situadas no ventre. São conhecidas também como borboletas, treme-treme, jamanta entre outros.
As arraias têm grande importância médica no Brasil pelos acidentes que causam. Existem espécies que vivem em água salgada e outras que vivem em água doce. Elas possuem o aguilhão que utilizam para sua defesa, porém nem todas possuem esse aparato. Algumas espécies marinhas que não apresentam, espécies de água doce nascem com ele já e necessariamente o possuem. O aguilhão é localizado perto da base da cauda, é um espinho com os lados serrilhados. Na base do espinho existe uma glândula de veneno.
As serras no espinho do aguilhão causam uma destruição maior do que o próprio veneno, que não é necessariamente fatal, mas também promove uma dor intensa. Os acidentes não são muito intensos, mas em sua maioria acometem pescadores, mergulhadores, turistas e aquaristas que podem se ferir manuseando ou pisando nos animais em águas barrentas ou rasas.
Quando ocorrer um acidente por arraia a vítima deve lavar o local de imediato com água e sabão, e para amenizar a dor latente, jogar água quente sobre o local atingido, porém não o faça diretamente sobre a pele, jogue em cima de um pano ou camiseta. Além da dor, outros sintomas que podem aparecer são febre, suor, náusea, agitação e vômitos. O acidente exige repouso e deve se procurar um médico com urgência.




Ataque da arraia

Quando uma arraia ataca, ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa que faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida.
O veneno de uma arraia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é composto pelas enzimas 5-nucleotidase e fosfodiesterase e pelo neurotransmissor serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam a morte de tecidos e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da arraia e limita a quantidade de danos que ele pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a amputação. Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica, porém, a morte do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados ao redor.
Embora o veneno da arraia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do mecanismo do aguilhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que as pontas das farpas ficam voltadas para a arraia. Mesmo que não houvesse veneno, puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser o suficiente para causar a morte devido à quantidade de tecidos que são rasgados



As raias têm o corpo achatado dorsiventralmente e, por consequência, as fendas branquiais encontram-se por baixo da cabeça – essa é a principal característica que distingue os peixes batóides dos "verdadeiros" tubarões. Vivem normalmente no fundo do mar (demersais), embora algumas, como a jamanta, sejam pelágicas.
As raias "típicas" têm as barbatanas peitorais como uma extensão do corpo, de forma arredondada ou em losango, pelo que se refere ao seu corpo como o "disco". Podem considerar-se neste grupo, não só as verdadeiras raias (com pequenas barbatanas dorsais na extremidade da cauda), mas também os peixes-serra (ver abaixo), os uges ou ratões (com um espinho venenoso na cauda), as raias eléctricas e os peixes-guitarra e mesmo os tubarões-anjos (embora estes tenham as fendas branquiais parcialmente dos lados do corpo).

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