CORAIS AMEAÇADOS DE EXTIÇÃO
Uma das mais belas paisagens presentes nos oceanos está ameaçada de extinção. Os corais de recife vêm sofrendo cada vez mais com as atitudes do ser humano.
Um relatório elaborado por 25 organizações ambientais e centenas de cientistas, o "Reefs at Risk Revisited”, constatou que 27 países, inclusive o Brasil, estão mais vulneráveis a este tipo de degradação. Mas, para assimilar a dimensão dessa perda, vamos primeiro entender exatamente sobre o que estamos falando
Um relatório elaborado por 25 organizações ambientais e centenas de cientistas, o "Reefs at Risk Revisited”, constatou que 27 países, inclusive o Brasil, estão mais vulneráveis a este tipo de degradação. Mas, para assimilar a dimensão dessa perda, vamos primeiro entender exatamente sobre o que estamos falando
ão importantes para os oceanos quanto as florestas tropicais para os continentes, os corais correm sério risco de extinção. A situação já é considerada grave para 60% deles. A afirmação foi feita por um conjunto de mais de 25 organizações internacionais, que lançaram a análise mais completa em escala global sobre esses organismos. Batizado de “Reefs at Risk” (“Recifes em Risco”), o estudo estima ainda que em 2050 todas as estruturas desse tipo estarão seriamente ameaçadas.
Entre as causas da destruição está um dos maiores vilões ecológicos dos últimos tempos: o aquecimento global. A elevação da temperatura das águas do mar em apenas um grau pode matar as algas zooxantelas, que dão cor aos corais, o que deixa sua estrutura transparente e revela o esqueleto de calcário (leia quadro). Apesar de não morrerem, esses seres ficam extremamente enfraquecidos e expostos a doenças. Para se ter uma ideia, em 1998, os fenômenos climáticos conhecidos como El Niño e La Niña mataram 16% desses organismos no mundo.
Outras causas da destruição dos corais são a poluição, a pesca sem controle e a ocupação do litoral, fatores que tendem a se agravar com o desenvolvimento econômico. Mas, segundo o cientista marinho sênior do instituto The Nature Conservancy (TNC), Mark Spalding, um dos responsáveis pelo estudo, a salvação pode estar justamente no uso dos corais como fonte de renda. “Não há razão para que o desenvolvimento econômico gere a perda dos recifes, muito pelo contrário. Essas estruturas são extremamente valiosas economicamente – para alimentação, turismo e proteção da costa – e a nossa maior falha tem sido ignorar esse valor ao estimular o desenvolvimento”, defende.